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Vazamento de combustível fora dos tanques: como evitar

Em termos de impacto ecológico, poucos acidentes ambientais são tão devastadores quanto a contaminação de solos e lençóis freáticos causada pelo vazamento de combustível.

A solubilidade do etanol e da gasolina fazem desses hidrocarbonetos agentes contaminadores de alta eficiência, o que significa que os estragos podem atingir uma área bem mais ampla que apenas o terreno do posto onde o vazamento está localizado.

Para se ter uma ideia da devastação, segundo levantamento da CETESB, só no estado de São Paulo foram 3.597 contaminações causadas pelos combustíveis no ano de 2013, o que representa 75% dos acidentes ambientais computados na pesquisa.

Os desdobramentos desse tipo de imprevisto são devastadores para os negócios. Existem punições que vão desde a aplicação de pesadas multas até a lacração do posto e o pagamento integral de toda a operação feita para descontaminar a área atingida.

Resumindo: um gestor de posto de combustível precisa ter em mente os impactos negativos causados por um vazamento e conhecer as formas mais eficientes para prevenção e monitoramento no posto para este tipo ocorrência.  

Confira agora 5 procedimentos-chave para evitar os vazamentos de combustível.

  • Cumpra as exigências ambientais impostas pelos órgãos competentes

Existem órgãos ambientais que fiscalizam e regulamentam as atividades econômicas e seus impactos para o ecossistema local, no caso dos postos de gasolina, esses agentes são o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), a ANP e o órgãos ambientais estaduais e municipais.

É preciso seguir as determinações que regulamentam a atividade dos postos de combustíveis, como é o caso da resolução 273 do CONAMA, da resolução 41 da ANP e das licenças ambientais exigidas pelos os órgãos ambientais estaduais.

Falando especificamente das licenças, são três tipos:

  • Licença Prévia
  • Licença de Instalação
  • Licença de Operação

Cada uma delas tem como objetivo averiguar se o posto está cumprindo com as demais normas e se tem capacidade para operar regularmente.

Vale lembrar que os equipamentos instalados no posto também precisam ser conferidos e estarem de acordo com as normas técnicas da ABNT antes de entrarem em operação.

Não são poucos os procedimentos burocráticos iniciais a serem feitos (você pode conferir todos eles aqui neste post), isso faz com que muitos gestores deixem a regulamentação em segundo plano.

Este é um erro crasso na administração de um posto, afinal, não seguir as leis e normas do mercado pode fazer com que o posto receba multas e corra o risco de ser lacrado pelas autoridades.

E como isso tudo se relaciona com os vazamentos?

Os postos que cumprem com suas obrigações burocráticas estão em dia com as exigências relacionadas à preservação do meio ambiente. Isso significa que tudo o que podia ser feito em termos de infraestrutura está em conformidade o que pedem os órgãos fiscalizadores, desde a bomba até o tanque de combustível subterrâneo.

2) Mantenha o LMC atualizado e fique atento às movimentações

O livro de movimentação de combustíveis (LMC) faz toda a diferença na gestão do estoque de um posto. Ele é exigido pela ANP e tem como principal função registrar a movimentação no volume de combustíveis com a finalidade de detectar vazamentos, problemas de descarga e até mesmo roubo.

Para facilitar o trabalho de preenchimento do livro, alguns postos já operam com um sistema automatizado de controle e monitoramento que mantém os dados atualizados diariamente e ajudam a captar qualquer anormalidade.

Somente através do controle e acompanhamento constante do LMC é que o gestor consegue identificar diferenças no volume, que podem ser resultados de vazamentos.

3) Automatize a reconciliação do seu inventário

O procedimento de reconciliação é quando o posto compara o que consta no seu controle de estoque com o volume real de combustíveis estocados. Ao medir os níveis de combustível no tanque, o gestor está cumprindo uma exigência da ANP e comparando as informações do LMC com o que consta nos tanques.

Ao comparar o seu inventário real com o inventário calculado, a equipe do posto consegue descobrir se as bombas estão com os bicos descalibrados, se estão ocorrendo furtos de combustível ou se há algum vazamento.

A reconciliação é uma etapa trabalhosa e que capta muitas horas do trabalho dos funcionários do posto. Quando é feita manualmente, as medições estão sujeitas a erros, por isso, muitos estados estão exigindo que o processo seja feito através do uso de tecnologias como o Medidor Volumétrico de Combustível.

Clique aqui e descubra as vantagens de automatizar este processo.

4) Faça o teste de estanqueidade

Esse teste serve para apontar qualquer problema que possa estar ocorrendo com os tanques de combustível. Eles apontam falhas na proteção anti-corrosão, fadiga do equipamento, sobrecargas, erros de instalação ou qualquer outro defeito que possa resultar em vazamentos.

Não deixe para depois e realize o teste no seu posto. É melhor arcar com os custos do teste do que com o valor das multas ambientais.

5) Utilize equipamentos de qualidade

No momento de equipar seu posto, opte por materiais e equipamentos de alta qualidade. Apesar do preço mais elevado, eles garantem o pleno funcionamento em não colocam em risco o seu negócio.

Converse com diversos fornecedores antes de fechar um negócio e peça por garantias pelos produtos. E não são apenas os tanques e as bombas que devem ser de boa qualidade. Investir em tecnologia de ponta, como os sistemas automatizados de medição e controle de vazamentos é uma grande ideia e pode salvar você de prejuízos substanciais e o planeta de acidentes ecológicos terríveis.

Ao seguir essas 5 dicas o posto reduz as chances de acidentes envolvendo vazamentos de combustível. Lembre-se que o investimento em prevenção de vazamentos é bem menor que o valor das multas aplicadas em caso de acidentes ambientais, principalmente quando eles afetam a população local.

Fique atento, respeite as normas e não esqueça de utilizar a tecnologia como uma aliada na luta contra os vazamentos!

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