Embora o posto de combustível seja um negócio como muitos outros, é preciso ficar atento às exigências dos órgãos reguladores e às demais particularidades da área. Isso porque as atividades das organizações que atuam no segmento de abastecimento de combustível são caracterizadas como de alto risco para o meio ambiente.
A falta de monitoramento adequado, o uso de produtos de baixa qualidade e a falta de controle do processo de abastecimento como um todo podem causar uma série de danos para a natureza e até mesmo para a saúde da população e dos frentistas.
Para fazer uma gestão eficiente dos potenciais riscos é preciso investir no controle e detecção de vazamentos, tratamento dos efluentes líquidos e na disposição final adequada dos resíduos gerados pelas atividades do posto.
Também é preciso estar atento ao desgaste das tubulações, do piso e da parte elétrica, além de monitorar possíveis obras ao redor do posto de combustível.
Portanto, além da documentação obrigatória para o registro de qualquer empresa, para abrir um posto de combustível é necessário obter uma licença ambiental.
Os danos ambientais provocados pelo vazamento de combustíveis são bastante severos, os custos de uma eventual remediação da área são elevados e a fiscalização é atuante.
Dessa forma, é preciso seguir as regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), do órgão ambiental da região, da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e verificar junto à prefeitura ou à concessionária da rodovia (se localizado em estradas) se há permissão para instalar o posto em determinado ponto.
Além disso, na hora de instalar os tanques, tubulações e infraestrutura elétrica, é recomendável contratar empresas certificadas especializadas no segmento.
Alguns donos de postos optam pela contratação de profissionais autônomos ou empresas sem certificação ou experiência necessária para preparar as tubulações de combustíveis, o que é um grande erro e pode trazer problemas futuros, principalmente relacionados à poluição ambiental.
Afinal, ao sinal de qualquer vazamento no solo, além do custo elevado para resolver o problema, os danos de imagem ao posto e à distribuidora são expressivos, já que a própria vizinhança acaba por rejeitar o estabelecimento.
Portanto, não trate seu posto de combustível como um negócio qualquer. É fundamental cumprir as exigências ambientais dos órgãos reguladores e, assim, garantir a proteção de todos.